Archive for Abril, 2014

26 Abr, 2014

Governo espanhol legisla sobre vida familiar

Preocupante…

O governo espanhol pretende regulamentar a educação familiar das crianças.

Fascismo? se não é, para lá caminha. E a passos largos.

Ocorre-me, a propósito este excelente e provocatório trecho de Alberto Pimenta:

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A escola não é como se supõe, o lugar onde se aprende a fazer, mas o lugar onde se aprende a não fazer; a escola, toda a escola, da mais baixa à mais alta, é o lugar onde se aprende o que se não deve fazer e o que se não deve pensar, o que se não pode fazer e o que se não pode pensar; a escola é desde o início o lugar onde se deixa de fazer, onde se deixa de fazer o que é natural fazer e onde se deixa de pensar o que é natural pensar, essa é a escola; na escola se começa a deixar de fazer e se continua a deixar de fazer e cada vez mais se deixa de fazer, até ao ponto de acabar por nada mais fazer senão o que serve à escola, que é o que não serve à vida, e não fazer o que serve à vida, que é o que serve à escola. A escola, toda a escola é um lugar de omissão de vida, e nisso a escola mais não faz que continuar o lar, o lugar excelso do filho-da-puta que não deixa fazer, porque, como o nascimento é o pior que lhe podia acontecer, o filho-da-puta progenitor começa por anular no descendente as consequência de este ter nascido., começa por impedir que ele faça aquilo que ele naturalmente gostaria de fazer em consequência de ter nascido, procura desde o começo prepará-lo para o sacrificio da vida, incute-lhe ocupações e preocupações, incita-o a ocupar a vida preocupando-se com o modo de viver, leva-o a ocupar-se com uma infinidade de preocupações e a preocupar-se com outra infinidade de ocupações, respeitantes a si mesmo e aos outros, aos outros, aos outros. Assim o filho-da-puta especializado em não deixar fazer vai assistindo ao seu próprio trabalho e sentindo orgulho à medida que o seu filho vai deixando de fazer o que seria natural que fizesse para passar a fazer o que ele, filho-da-puta, faz; vai sentindo orgulho à medida que vê o seu filho transformando-se cada vez mais no seu filho-da-puta, noutro filho-da-puta, num filho-da-puta também. Claro que o novo filho-da-puta nem sempre é idêntico ao filho-da-puta progenitor. Quantas e quantas variedades de filhos-da-puta não oferecem os dois grandes tipos de que estamos falando! O tempo e a paciência que não seriam precisos ao seu estudo e à sua exacta definição! Desde o filho da puta que parece que faz, mas apenas finge que faz, instalado em lugares de direcção ou fardado à porta de edifício públicos e particulares, passando pelo filho-da-puta que finge que deixa fazer, que leva e traz, vai acima e vai abaixo, está bem em todo o lado, mas onde está melhor é no seu lugar, até ao filho da puta que finge que não faz, finge que não observa e não informa mas observa e informa, que imensa e sempre interessante gama de filhos da puta!
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25 Abr, 2014

TSF: uma rádio (de novo) sem palavras

Todo este aproveitamento era largamente antecipável

TSF uma rádio de palavra

Independentemente da importância quotidiana que esta rádio teve e tem, torna-se claro que assinou com o seu próprio punho uma emissão tão diferente que revelou o quão amordaçadas as nossas rádios actualmente estão. A alegria e o espanto que muitos sentiram ao ouvir as palavras entoadas na manhã de 24 de Abril nesse canal, palavras essas emitidas por outros que não os habituais jornalistas desta emissora, são reveladores do muito que falta à nossa comunicação social para ser efectivamente livre.

Quanto ao resto…é marketing. Mau marketing. E uma desagradável surpresa de ver artistas de "O Bando" prestarem-se a participar em semelhante branqueamento mesmo às portas de Abril. E a interrogação pública sobre quais os compromissos acordados e quais os valores envolvidos na presença "no palco da rádio" de tantos actores em altura de crise.

Quanto à TSF…nem tudo é mau. Veja-se por exemplo o excelente trabalho de Fernando Alves em "Os dias em que tudo era possível". O problema nunca foi o "tudo ser mau" mas o haver tão pouco de bom em relação ao que já foi, o ter-se acomodado e, sobretudo, a sua actual complacência jornalistica para com os lobbies e políticos que motivaram a corrente "crise" (aspas intencionais).

25 Abr, 2014

Bloco testa bicefalia entre Carmo e o Parlamento

O Bloco de Esquerda solidarizou-se com os capitães de abril procurando pautar a sua acção nas comemorações deste Abril por algumas diferenças em relação aos outros partidos. O Bloco foi, como dizem alguns jornalistas, o único partido com assento parlamentar a estar presente no Carmo. Mas na realidade um dos líderes ficou no parlamento, aplaudiu os discursos e falou aos jornalistas. Apenas o outro, foi com a cabeça de lista às Europeias (Marisa Matias), ao Largo do Carmo ouvir o Vasco Lourenço falar em nome da Associação 25 de Abril.

Não tenho a certeza de que se possa chamar a isto uma atitude diferente e de clara defesa dos valores de Abril. Parece mais uma atitude eleitoralista em que um fica a guardar o posto e a cumprir o protocolo (parlamentar e mediático) e o outro vai mostrar distanciamento e claro, a candidata!, para junto da população.

Por certo tudo isto foi cuidadosamente planeado numa reunião entre as mais altas esferas do bloco e assenta numa estratégia cuidadosamente preparada. Mas…porque será que tenho sérias dúvidas que resulte?

Atitudes firmes e verdadeiramente radicais precisam-se na política de hoje. Se se acha que as comemorações devem ser com a população e que a atitude de negação da palavra à Associação 25 de Abril no parlamento é inaceitável, apareça-se, individualmente, no Carmo, entre a população. E esteja-se só lá. E sem braços dados a candidatos.

24 Abr, 2014

Ainda sobre a ocupação da TSF

Que merda que está o teatro em Portugal. Bolas…temos mesmo de ser nós, a ir ler textos para frente do Ministério das Finanças, nós que nem sabemos ler ou entoar merda nenhuma, nós que não temos nem cultura nem qualidades artisticas, para garantir que algo de verdadeiramente autêntico e genuino se passa neste país?

Parece que sim!

24 Abr, 2014

TSF ocupada por novas palavras esta manhã

Ar fresco, sons frescos, palavras que entram pela janela!

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3827897

Mas não. A janela foi aberta por uma rádio interessada em branquear a sua imagem. E nela colaboraram artistas que proporcionaram apenas um bom espectáculo de 1 hora. Um espectáculo que pela radicalidade que ameaçou acabou por prostituir as próprias palavras que pretendeu honrar e se tornar uma gigantesca vergonha para os próprios actores. Um espectáculo em nada diferente da prostituição a que têm estado sujeitas algumas músicas do Zeca, utilizadas que são por gente de esquerda para galvanizar protestos que dão em nada.

No fundo, tudo isto mais não foi do que mais uma a descida em direcção ao fundo do poço. E talvez a demonstração definitiva que contra este polvo de sete cabeças que é o capitalismo, acabará por ter de ser pela força.

22 Abr, 2014

corroídos

E se as instituições e o sistema já corroeram as pessoas bem para lá daquilo que é a sua capacidade de regeneração, que fazer? não serão elas a mudar o sistema porque já estão tão dominadas e estragadas por ele que nem sequer lhe oferecem resistência. Não será o sistema a mudá-las a elas porque isso seria ir contra si próprio. Por isso, resta a degeneração e o afundamento.

Não há fundo do poço a esta micro-escala. Resta esperar que a macro-escala seja diferente. Mas por certo não é, bem o sabemos. Resta pois o subito choque que faz tudo comportar-se contra as previsões. Tudo, inclusive nós. E, sublinho, contra as nossas previsões, i.e., não como agora antevemos que nos comportaremos.

20 Abr, 2014

Pensamentos sobre a ameaça fascista, reacções desejáveis e indesejáveis

Marine Le Pen falou à Antena 1 (minuto 22):

http://rsspod.rtp.pt/podcasts/at1/1404/2979824_156057-1404201320.mp3

A questão parece-me relativamente simples. Perante a) a incapacidade da esquerda partidária de ir buscar votos à abstenção e a sua contínua insistência em afirmar-se como via única (instrumentalizando, abafando ou reorientando todas as iniciativas apartidárias que vão surgindo à sua margem) e b) a complacência dos activistas apartidários perante as instrumentalizações de que são alvo, a sua fé cega em pseudo-convergências de esquerda e pseudo-unidades na luta sempre prometidas mas nunca realizadas e falta de inovação e radicalismo actualmente existente nas suas propostas e c) a contínua substimação que PS e PSD fazem relação às causas e consequências da elevada abstenção e do discurso de extrema-direita europeu (veja-se as declarações imprudentes de José Cutileiro),… resta-nos esperar que a extrema-direita portuguesa não se ilumine e forneça aos abstencionistas o que eles desejam: uma linguagem forte e antisistémica, promessas de efectiva renovação que lhes dê o mínimo de esperança, de preferência servidas de bandeja e sem trabalho por um qualquer líder demogógico e bem-falante. Sem nunca olharem às consequências futuras desses seus desejos, muito menos saberem ver para lá das promessas que lhes são feitas.

Marine Le Pen sabe tudo isso muito bem. E sabe também que é uma questão de tempo até que esse lider surja (ajudará por certo a criá-lo porque o internacionalismo não é só à esquerda). E sabe bem que assim que ele surgir a esquerda se amedrontará e lhe declará uma guerra louca, dividindo-se entre moderados e radicais e ajudando a empolar mediaticamente o próprio discurso que combate. E sabe bem que o Bloco Central vai tentar agradar a gregos e a troianos e capitalizar com o assunto, apresentando-se como árbitro de pretensos conflitos ideológicos. Pelo menos até à altura em que os votos lhe comecem efectivamente a faltar e a situação a assustar. Marine Le Pen sabe-o porque não só é essa a sua estratégia em França (limpar o discurso, deslegitimando as acusações de fascismo aos olhos da população) como é também o que tem observado na Grécia.

E a esquerda partidária também devia sabê-lo. Na ausência de soluções anti-sistémicas à esquerda, na ausência de um discurso de esquerda democrático mas verdadeiramente anti-corrupção e verdadeiramente disciplinador de políticos e banqueiros, na ausência de populações informadas e mobilizadas em torno das causas e soluções alternativas existentes para os seus problemas, na persistência ad eternum da dança das cadeiras partidárias e pseudo-convergências eleitoralistas, a esquerda partidária também devia saber o que vai acontecer. E devia evitá-lo. Mas não lhe está no código genético alterar o rumo. Nunca estará. É composta por incorrigíveis perdedores.

Cabe assim a responsabilidade à população mobilizada, e mais especificamente aos activistas apartidários e anti-partidários de esquerda, de lutarem contra esta inevitabilidade. Era bom que assim não fosse (e que os partidos de esquerda ajudassem mais) mas assim é. E para que essa luta seja efectiva, têm de gerar movimentos efectivamente alternativos, radicalizar o discurso, testar novas formas de aproximação à população; têm de atacar e criticar abertamente a corrupção e os desmandos de políticos e banqueiros, tanto à esquerda como à direita; têm de exigir auditorias efectivamente cidadãs à dívida, valorizando-as e blindando-as a aproveitamentos antes que outros se aproveitem delas; têm de se preocupar mais em informar, autonomizar e mobilizar a população em relação às causas dos problemas afastando-se do mero impulso facebookiano e dos desejos de grandeza envolvidos numa mudança de governo já amanhã; têm de se manifestar sim, mas têm de mostrar energia e credibilidade ao fazê-lo, indicando um caminho radical, claro e coerente nesse protesto. Só assim o grosso da população poderá ver e prosseguir um caminho alternativo ao que é proposto pela extrema-direita e afastar-se dos becos e poços populistas e fascistas que lhe serão apontados à medida que o sistema actual degenera.

Não é possível antever como será o sistema democrático no final de uma mobilização da sociedade civil que nunca antes vimos ou vivemos. Da mesma forma não é possível antever se ficaremos ou não na europa (a questão parece-me francamente lateral). Mas podemos ter a certeza que se a mobilização popular ocorrer à esquerda e informada, e os seus contornos forem democráticos, mesmo que o resultado final não envolva de partidos a liberdade e a democracia serão salvas e mantidas. Os partidos de esquerda não deviam temer isto.

 

18 Abr, 2014

A agenda da esquerda do sistema 2014-2015 (com anotações)

Numa altura de 3 anos de Memorando da Troika e de mais austeridade para assegurar o pagamento de mais umas prestações de uma dívida que todos sabem ser impagável, eis o que nos espera:

Todo o Abril de 2014: preparar os Rios ao Carmo, preparar o 25 de Abril, preparar o 1º de Maio;

24 de Abril: sair a comemorar o 25 de Abril “de uma forma diferente” (Rios ao Carmo);

25 de Abril: sair a comemorar o 25 de Abril “de uma forma igual” (desfile);

1º de Maio: sair a comemorar o 1º de Maio “de uma forma igual” (desfile);

Resto de Maio: “xi-xi cama” que é altura de eleições e tudo o que exista divide atenções;

Junho: ressaca das eleições (qualquer manifestação seria mostrar mau perder)

Julho: demasiado calor, “muita malta já está de férias”, “muita malta já está na praia”

Agosto: não vale a pena fazer nada porque “a malta está de férias” ou “o povo quer é praia”; geralmente alega-se “necessidade de recuperar forças” para voltar “em Setembro com mais força” para “as batalhas decisivas”;

Setembro: depois da festa do Avante, rentrée de manifestações sindicais e pseudo-apartidárias eventualmente multitudinárias; a proximidade ao orçamento ajuda sempre nisso..

Outubro: jornadas de luta sectoriais, 3 ou 4 palavras grossas contra o orçamento; eventual “demonstração de força sindical” através de uma manifestação um pouco antes do orçamento.

Novembro e Dezembro: várias palavras grossas durante a discussão do orçamento na especialidade; Mas frio e chuva, não deixam fazer nada que não debates internos ou congressos de convergência.

Final de Dezembro: é Natal ninguém sai à rua.

Janeiro 2015: porra, há eleições este ano outra vez….humm, marca-se uma greve e uma manifestação para Fevereiro ou Março? e tenta-se que as eleições sejam depois do 25 de Abril e do 1º de Maio? isto para dar tempo de irmos a todas?

(e assim continua).

Mas quando é que a população se farta disto e cria uma agenda própria que lhe permita resolver os seus problemas?

18 Abr, 2014

Exclusividade dos deputados reprovada no Parlamento

http://www.publico.pt/politica/noticia/parlamento-volta-a-discutir-exclusividade-dos-deputados-1632566

Dançam juntos, agarradinhos, uma valsa decadente ao som da troika e da batucada dos banqueiros. Falam alto, dizem impropérios mas pedem "chiu que se vai cantar o fado" à população sempre que ela intervêm sem ser chamada. Quando são chamados à rua não atravessam pontes, não sobem escadas, por vezes criticam quem protesta nas galerias, e nunca ajudam na autonomização da população e dos movimentos sociais em relação "à sua agenda".

E no final de tudo isto, ai de quem diga que vão para a cama uns com os outros ou insinue que defendem interesses comuns. "Não, isso não, que isto é tudo gente honrada (ou ideologicamente pura) que defende os supremos interesses da população" e "todo o obscurantismo e tática é afinal necessário para atingir fins últimos" que nunca os vemos atingir.

Agora é 25 de Abril, 1 de Maio e xi-xi cama, que vêm aí as eleições e não é tempo de mobilizar que não para comícios, arruadas, e a participação nos debates que os outros permitem. Mobilizar agora? não, claro que não! E a orquestra vai tocando. E o navio afundando. Fantástico.

16 Abr, 2014

Falta alguém no POT

Surgiu na internet uma iniciativa que se dedica a ironizar (e com bastante humor diga-se) factos da vida política deste país à beira-troika dominado. Ela decorre sob o título de "Partido Obrigado Troika" (POT).

Dou os parabéns aos autores da página pela qualidade da ironia que apresentam, actualização após actualização. Há no entanto alguns aspectos do projecto que importa apontar porque evidenciam uma determinada orientação política que poderá não ser visível à primeira vista:

  • a) os autores da página esquecem-se por exemplo de:
  • incluir no POT figuras do Partido Socialista (PS). Isto apesar de elas terem governado por longos anos este país, colaborado activamente no endividamento, assinado o próprio memorando da troika e/ou escrito n cartas de amor e submissão à Troika ao longo dos últimos três anos;
  • incluir no POT forças cuja colaboração com a Troika, ainda que sendo mais questionável que a do PS, não tem deixado de merecer da parte seus responsáveis troikanos repetidos "obrigados" pela paz social vivida nos últimos anos. São exemplos disso: as forças da esquerda parlamentar e as centrais sindicais. As primeiras, têm feito o seu caminho enquanto insistem em instrumentalizar tudo o aquilo que é indício de auto-organização da sociedade civil à sua margem. As segundas, nuns casos assinaram acordos com o governo que puseram fim da direitos laborais e generalizaram os cortes e a precariedade; noutros, avançaram e recuaram sistematicamente nas suas próprias iniciativas de defesa das classes trabalhadoras sem nunca sentirem necessidade de elevar a luta ou dar qualquer explicação cabal ao sucedido (exemplo: caso no recuo no atravessamento da ponte 25 de Abril). Note-se que todas estas forças alegam que estas práticas foram e são as mais adequadas (ou que, pelo menos foram e são as que se revelaram mais necessárias) para proteger os interesses da classe trabalhadora afectada mas que nada disso parece impedir que a Troika lhes continue a endereçar grandes agradecimentos pela paz social alcançada enquanto a população empobrece, o país regride e a Democracia é amordaçada.
  • incluir no POT alguns movimentos sociais (ou outros mais ou menos assumidos como tal) que convocaram manifestações multitudinárias que depois fizeram afunilar em protestos sindicais (15 de Setembro de 2012) ou enviaram para casa trauteando Grandolas sem qualquer proposta de futuro além de uma moção de censura popular que, tanto quanto se sabe, nunca foi entregue (2 de Março de 2013). Ou ainda outros que convocaram manifestações nacionais ou internacionais unilaterais e que acabaram descredibilizados na rua pela presença de escassos milhares de pessoas (1 de Junho de 2013) ou pela sua insistência em concertos de autêntica protecção à escarias da AR (26 de Outubro de 2013). Todos eles merecerão também o obrigado da Troika. E do governo que dizem combater. E a eventual rejeição do povinho que dizem representar.

b) os autores da página esquecem-se também de referir que a sua iniciativa deve muito ao "Troika Party" uma campanha internacional que denuncia a Troika com idêntico humor e ironia, mas que conta com outros ingredientes além do mero mediatismo eleitoral, nomeadamente temas e propostas sobre o TTIP/TAFTA, a competitividade, a defesa dos comuns e a dívida. E que esta campanha, que está a ser organizada por movimentos sociais de toda a Europa (menos Portugal), contactou com elementos da página do POT, tendo sido aparentemente ignorada por certo a bem dos superiores interesses e derradeira eficácia de lutas que (aparentemente) se querem estritamente nacionais contra a troika.

Mas, claro…Siga o POT porque afinal de contas…não é imaginativo e giro? e não é preciso animar a malta? siga, siga. Força POT!